Medicina Natural

                          

     “No estado de saúde, a força vital de natureza espiritual (autocracia), que dinamicamente anima o corpo material (organismo), reina com poder ilimitado e mantêm todas as suas partes em admirável actividade harmónica, nas suas sensações e funções, de maneira que o espírito dotado de razão, que reside em nós, pode livremente dispor desse instrumento vivo e são para atender aos mais altos fins da nossa existência.”

Samuel Hahnemann (organon da arte de curar)

Naturologia

Denominação referente a um conjunto de medicinas e terapêuticas, cuja base comum assenta na condição de não utilizarem qualquer produto de síntese química no tratamento patológico.            
Como Hipócrates (460-375 a.C.), o pai da medicina afirmara, “Naturix medicatrix” que significa, o poder curativo da natureza e as próprias forças curativas do organismo humano são os responsáveis pela cura.

            Entre os tratamentos mais utilizados salientam-se a dieta terapia específica a cada patologia, as plantas medicinais, vitaminas, minerais, enzimas, oligoelementos (Litoterapia), hidroterapia (aplicações de água), geoterapia (aplicações de argila). 

       

Designada pela O.M.S (Organização Mundial de Saúde) e pela NCCAM (National Center for Complementary and Alternative Medicine) de Medicina Complementar e/ou Alternativa e pelo parlamento Europeu de Medicinas não Convencionais.  A Assembleia da República aprovou a lei do enquadramento Base das Terapêuticas não Convencionais das quais fazem parte a Naturopatia, Homeopatia, Fitoterapia, Osteopatia, Acupunctura e Quiropráxia. (Lei 2003/45) Aguarda-se a sua regulamentação.

  

Homeopatia

            A Homeopatia é uma medicina energética, cujos remédios não provocam qualquer efeito secundário nem habituação. É uma forma holística de medicina complementar, cujo objectivo é tratar todo o indivíduo e não apenas os sintomas físicos.

          Esta medicina baseia-se no princípio que a mente e o corpo estão intimamente interligados e que o estado patológico físico não poderá ser devidamente tratado sem o conhecimento da sua constituição e do carácter do indivíduo. Foi criada pelo médico Alemão Christian Hahnemann (1755-1843) que adoptou o princípio de similia similibus curentur ou “curar o semelhante pelo semelhante”, enunciado pela primeira vez por Hipócrates no século V a. C. Esta lei da similaridade diz que substâncias capazes de provocar certos sintomas num corpo até então saudável podem curar esses mesmos sintomas num corpo doente.

        A Assembleia da República aprovou a lei do enquadramento Base das Terapêuticas não Convencionais dos quais fazem parte a Naturopatia, Homeopatia, Fitoterapia, Osteopatia, Acupunctura e Quiropráxia. (Lei 2003/45) Aguarda-se a sua regulamentação.

         

"A única e elevada missão do médico é a de restabelecer a saúde do enfermo,

 que é o que se chama curar.” 

Samuel Hahnemann

Fitoterapia

         A utilização de plantas medicinais é a mais antiga forma de medicina conhecida pelo homem. No antigo Egipto encontrámos os primeiros registos do conhecimento medicinal através do uso das plantas.

Na Bíblia podemos constatar muitas referências a plantas e seus usos terapêuticos. Nas cortes chinesas havia conselhos científicos com o intuito de estudar os efeitos terapêuticos das plantas. 

          Na Índia o conhecimento espiritual estava interligado com o conhecimento das plantas medicinais em que os brahmans eram simultaneamente sacerdotes e médicos.

        Actualmente tem-se vindo a intensificar a investigação científica por parte de instituições universitárias e organismos profissionais. Surgem publicações especializadas de nível internacional com grande rigor científico e qualidade. A farmacopeia Alemã e francesa são as que contêm um maior número de monografias dedicadas às exigências de qualidade. A European Scientific Cooperative for Phytotherapy e Ministério de Saúde Alemão (Comissão E) já publicaram cerca de 300 monografias de plantas medicinais. 




Para além da clássica infusão, decocção e tinturas, hoje em dia usam-se formas galénicas mais elaboradas como cápsulas, comprimidos, granulados, etc.

Gemoterapia

        Derivada da fitoterapia foi criada pelo médico Belga P.Henry nos anos 70 sob o nome "Phytoembryothérapie. O médico francês Dr. Tetau chamou-lhe Gemmotherapy.

        A gemoterapia usa os tecidos embrionários vegetais (brotos da planta) recolhidos na Primavera, aproveitando assim toda bioenergética da planta. Contém fundamentalmente ácidos nucleicos (informação genética), hormonas de crescimento, minerais, vitaminas, oligoelementos. Um excelente rejuvenescedor do organismo tanto ao nível orgânico como ao nível dos tecidos corporais.

As Vitaminas

        As vitaminas são substâncias orgânicas, essenciais ao organismo e que estão presentes em pequenas quantidades nos alimentos naturais. Muitas vitaminas não são sintetizadas ou produzidas pelo Homem e a sua carência ou excesso na alimentação pode causar doenças. A deficiência de vitaminas é denominada de hipovitaminose ou avitaminose. O excesso de vitaminas é denominado de hipervitaminose. Hoje em dia está estabelecido que o ser Humano necessita de pelo menos 13 vitaminas diferentes.

        As vitaminas dividem-se em dois grupos de acordo com a sua solubilidade:

        Vitaminas Hidrossolúveis (solúveis em água)

        Vitaminas Lipossolúveis (solúveis em lípidos)

Vitaminas Hidrossolúveis:

        As vitaminas Hidrossolúveis, apenas solúveis em água, são absorvidas no nosso intestino e transportadas pelo sistema circulatório até aos tecidos onde serão utilizadas. O nosso organismo tem uma acção selectiva no caso destas vitaminas, pois somente usa a quantidade necessária, eliminando o que não necessita através da urina, evitando, deste modo, que estas se acumulem no corpo humano. Por não serem armazenadas no organismo, é obrigatório a ingestão diária desta vitaminas.

As Vitaminas Hidrossolúveis são:  

  

Vitaminas do Complexo B

B1 – Tiamina

B2 – Riboflavina

B3 – Niacina

        B4 - Adeninum

        B5 – Ácido Pantoténico

        B6 – Piridoxina

        B9 – Ácido Fólico

        B12 – Cianocobalamina

        B15  - Ácido Pangâmico

        H – Biotina (Anteriormente denominada de vitamina B7)

        Colina, Inositol e PABA - (Também designada com vitamina B8)

       

Vitamina C

As vitaminas hidrossolúveis são muito sensíveis à temperatura especialmente à cozedura dos alimentos, pois facilmente se dissolvem na água.

As Vitaminas Lipossolúveis:

As vitaminas lipossolúveis são apenas solúveis em lípidos, para serem absorvidas necessitam de gordura, para além da bílis e do suco pancreático, são também absorvidas no intestino, mas transportadas pelo sistema linfático, até aos tecidos onde são armazenadas.

        Vitamina A (Retinol, b-Caroteno, tretinoína, a-Caroteno)

        Vitamina D (Calciferol e Ergocalciferol)

        Vitamina E (Tocoferol e tocotrienol)

        Vitamina K (Menaquinona, menatetrenona)

As vitaminas A e D são armazenadas no fígado e a vitamina E é armazenada nos tecidos adiposos e em pequenas quantidades nos órgãos reprodutores, por fim a vitamina K é armazenada pelo nosso organismo em pouca quantidade. O facto de o organismo poder acumular estas vitaminas, quando estas alcançam certos níveis podem tornar-se tóxicas ao organismo.

FLORAIS DE BACH

            Método criado pelo médico Galês Edward Bach (1886-1936). Formou-se em Medicina pela universidade de Birminghan, especializando-se em bacteriologia.   Realizou importantes investigações sobre toxemia intestinal. Em 1919 ingressa no hospital Homeopático de Londres. Estudou a criação de vacinas orais (nosódos) preparados a partir de bactérias isoladas do intestino, através do método homeopático. Em 1930, Bach regressa a Gales onde começa o estudo da sua terapia Floral que termina por volta de 1934, pouco antes da sua morte.

            O sistema original é composto por 38 remédios (34 flores silvestres, 3 flores não silvestres e 1 remédio de água da nascente), constituindo um método natural de cura através de essências obtidas de certas flores.

            A terapia Floral visa tratar desordens de personalidade do paciente. Assim, o factor energético da flor actua nas causas emocionais responsáveis pela enfermidade, independentemente das manifestações físicas da patologia. Os remédios aceleram a recuperação da pessoa, atingindo os aspectos psicoenergéticos da enfermidade, actuando ao nível emocional-mental/espiritual, não exercendo acção no corpo através de outros mecanismos. Deste modo, a cura obtém-se através da remoção da causa. Tratar a personalidade do paciente e não a doença…é o princípio fundamental deste sistema terapêutico.